Fechando portas para dar FOCO no que realmente importa
Que portas você precisa fechar na sua vida para dar foco no que realmente importa, para ter o sucesso que você deseja e merece ter?
Essa pergunta tem a ver com tudo o que você quer ou não conservar na sua vida. Com tudo aquilo que te prende ao passado, te puxa para trás, que te afasta do seu objetivo ao invés de te aproximar dele.
Essas portas podem ser como correntes que te prendem e te impedem de progredir.
Ou então como uma mochila pesada que você fica carregando e te deixa mais lento, sem energia, sem saúde, sem dinheiro, e muitas vezes até sem sentido e sem vontade de viver.
As “portas” podem ser usadas em um sentido figurado, para coisas que podem ser tangíveis ou intangíveis.
Podem ser emoções, sentimentos, mágoas, ressentimentos, frustrações.
Pode ser algo físico: bens materiais, documentos e papéis antigos.
Pode ser um apego emocional: amizades, relacionamentos pessoais e profissionais. Pode ser um emprego ou uma carreira.
Fechar portas tem a ver com mudança, com aprendizado, com evolução, com recomeçar.
“A mudança é uma porta que se abre pelo lado de dentro”.
A vida é feita de escolhas. Cada decisão é uma porta que se abre ou que se fecha.
As portas que você abre, fecha ou deixa entreabertas impactam não só a sua vida, mas também a vida de muitas outras pessoas.
Para cada decisão, é preciso olhar os vários ângulos, de uma forma consciente, tentando identificar todos os impactos possíveis.
- Quantas portas você deixa entreabertas que impedem outras pessoas de evoluir e crescer, na vida pessoal e profissional?
- Quantas portas você deixa entreabertas que impedem você mesmo de crescer, como em um ciclo de autossabotagem?
Essa é a hora em que eu me lembro de uma frase de caminhão que eu li muito tempo atrás, que dizia: “Diga não e guente o tranco.”
Que tal experimentar fechar algumas portas, dizer NÃO sem culpa, escolher o que você quer ou não conservar na sua vida, para conquistar o seu objetivo e ter sucesso?
Muitas vezes as pessoas não querem que você “feche a porta”, pra que o acesso fique aberto e o relacionamento seja mantido.
Se é um relacionamento saudável, que traz benefícios para ambos os lados, sem problemas.
Agora, se é um relacionamento tóxico que faz mal ou um relacionamento que beneficia somente uma das partes, fechar portas pode ser preciso, por mais complicado que seja.
Praticando o Desapego
Diversos autores e organizadores pessoais trabalham a questão do desapego.
Marie Kondo, em seu livro A Mágica da Arrumação, ensina uma técnica interessante para se desapegar de um item físico, seja um livro ou uma roupa.
Sabe aquela roupa que você ganhou de presente de alguém muito querido e você nunca usou, nunca vai usar, e fica ocupando espaço no seu armário? Marie Kondo faz todo um ritual, com direito a um agradecimento sincero por aquele objeto ter existido e feito parte da sua vida, e liberta esse objeto, deixa ir.
Ao praticar o desapego, você pode se perguntar o que vai acontecer se você doar/vender/jogar fora aquele item?
- Se a resposta for “nada” simplesmente tome a atitude e deixe aquilo para trás.
- Se a resposta for “não sei” experimente deixar aquele item em um lugar provisório por um tempo. Pode ser 1 mês, 6 meses ou 1 ano. Anote na agenda para lembrar de reencontrar um tempo depois e se pergunte com sinceridade se ele realmente te fez falta durante esse período de ausência.
- Se a resposta for “eu realmente não posso viver sem”, daí mantenha perto de você.
É possível fazer o mesmo com sentimentos e emoções.
O que você sente que precisa deixar pra trás para poder enxergar as novas oportunidades que você talvez não esteja percebendo?
Às vezes tem que perder para ganhar.
Segundo uma teoria da área econômica, a Teoria do Prospecto, “as pessoas se sentem muito mais preocupadas com perdas do que ganhos, e vão tomar muito mais medidas para evitar a perda do que para conseguir um ganho de igual magnitude.”
Como fechar portas
Existem várias formas de se fechar uma porta, para problemas, assuntos, objetos ou relacionamentos.
- Com raiva, batendo a porta de qualquer jeito e fazendo um barulhão, para que todo mundo consiga ouvir
- Com carinho, de forma silenciosa e tomando cuidado para não fazer barulho
- Com pressa, sem pensar nas consequências, simplesmente fechando a porta e fugindo
- Com calma e tranquilidade, tendo a consciência de seus atos e consequências disso na sua vida
- Insatisfeito, com ressentimento e mágoa, guardando para si uma série de sentimentos ruins pelos acontecimentos passados
- Com gratidão, agradecendo de forma respeitosa por tudo de bom que aconteceu enquanto a porta estava aberta
Como você quer fechar as portas da sua vida?
Abrindo espaço para o novo
Dizer NÃOS, fechar portas e desapegar pode ser doloroso, mas ao mesmo tempo uma forma de libertação.
Você se libertar de tarefas que não são suas e abrir espaço para novas oportunidades.
Você libertar outras pessoas de uma relação de dependência para que elas possam seguir o seu caminho de evolução pessoal e profissional.
Em um dos meus Workshops de produtividade, uma participante fez uma pergunta sobre como ela podia fazer pra lidar com a agenda lotada. Eu pedi pra ela segurar as canetinhas que estavam em cima da mesa, que não eram poucas. A mão dela ficou cheia, com as canetas quase caindo. Daí eu mostrei pra ela que tinham mais algumas canetinhas na mesa, que eram bem legais, e perguntei se ela queria pegar. Ela disse que sim. Só que não cabia mais nada na mão dela. Ela descobriu que ia ter que abrir mão de algumas canetinhas que estava segurando para poder pegar as outras. Nesse caso era um Workshop sobre planejamento e foco. O nosso tempo é limitado, tem 24 horas por dia. Assim como ela ia ter que deixar algumas canetinhas de lado para poder pegar outras, na vida é muitas vezes é preciso abrir mão de algumas atividades para poder abraçar novas ideias e projetos.
Muitas vezes é preciso fechar portas para poder abrir espaço para o novo.
Essas são escolhas que dependem somente de você.
Que escolhas, pequenas ou grandes, você vai ter que fazer?
Que portas você precisa fechar?
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay